Hoje é a estreia no blog de uma nova categoria, “A origem do Indie Rock”, na qual iremos falar sobre os primeiros álbuns do início dos anos 2000 das bandas desse gênero que tanto amamos. Vai ter o início de carreira do Franz Ferdinand, The Killers, Arctic Monkeys, Arcade Fire, enfim…
Evidentemente é impossível iniciar uma categoria dessas sem falar de The Strokes. Não importa a relevância da banda atualmente para o cenário musical, todos temos que admitir que ao lançar “Is This It” (2001) o Strokes praticamente cortou a faixinha vermelha para inaugurar o Indie Rock no século XXI.
Primeiro precisamos falar um pouco do termo “Indie Rock”. Rótulos são sempre controversos, existem pessoas que os odeiam como inimigos mortais e existem aqueles que convivem pacificamente com a existência deles, como o meu caso. Muitos dizem que o Indie Rock não tem nada de independente, para não falar dos saudosistas de outras épocas que vão falar que não tem nada de rock também. O que precisamos entender aqui é que esse foi um nome dado apenas para juntar uma galera que fazia uma música parecida depois da virada do milênio. Pensem bem: “Música Popular Brasileira”. Se nos apegarmos ao nome, podemos colocar “É o Tchan” na MPB apenas porque o Compadre Washington criou músicas bem populares no nosso país. Então, vamos relaxar um pouco quanto aos rótulos.
Voltando ao The Strokes. Lúcio Ribeiro, criador do site de música Popload, gosta de falar que a banda liderada por Julian Casablancas criou o Indie Rock ao gritar de sua garagem os primeiros versos de “Last Nite”. A colocação é quase perfeita, só trocaria a música, afinal, o primeiro single do álbum foi “Hard to Explain”, canção que tem tanta energia que me faz ter vontade de correr três vezes o quarteirão da minha casa gritando o refrão pra quem quiser ouvir.
Muitas críticas tentaram explicar o que há de original e encantador nesse álbum que conseguiu fazer tanta gente boa se inspirar e criar bandas que tivessem um “que” de Strokes em suas composições. No geral podemos ver muitos elogios vagos, como “eles causaram um impacto imediato e dramático no mundo”. Porém, uma em particular publicada no jornal inglês The Guardian, me parece bem coerente: “O The Strokes revigorou a obsessão do rock em ser divertido”. Não pegou? Ouça “Someday” que fica fácil de entender:
Por fim, fica abaixo a minha favorita do álbum, que me deixa até um pouco triste de ver que atualmente o The Strokes não produz uma sombra de uma música como essas. Sem problemas, o legado desse álbum não os torna imunes de críticas, mas nos deixa com um sentimento de gratidão eterna por ter existido.
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