Recomendo: Psicodelias australianas

Primeiro veio o Tame Impala flertando com a psicodelia dos anos 60 (eles inclusive lançaram um novo álbum, que se tornou polêmico para os fãs do som, mas isso é assunto pra outro post) e o sucesso deles logo abriu caminho pra um renascimento do psych-pop na Austrália – fato elogiado até pelo The Guardian. Aparentemente é fácil encontrar por lá todo tipo de banda experimental, psicodélica, stoner, de grande qualidade, com músicas e vídeos geniais.

Agora, se você curte Tame Impala, mas de bandas australianas você conhece só AC/DC, INXS e Nick Cave, vem comigo, separei quatro boas bandas (e algumas músicas) pra você viajar e, de quebra, conhecer mais sobre o renascimento do rock psicodélico.

Pond

Pond bandPond surgiu em 2008, como um projeto colaborativo. A ideia é que os caras pudessem tocar o que quisessem e com quem eles quisessem. Eles são um “spin-off” do Tame Impala e compartilham os mesmos músicos em diversas formações. Recentemente, o Nick Albrook – que era baixista no Tame Impala – assumiu de vez o lugar de vocalista.

Nick já disse diversas vezes que o Tame Impala era o Kevin Parker, no Pond eles tinham mais liberdade para criar. Talvez por isso, o som deles parece mais descompromissado e orgânico, mas não perde em nada de qualidade pro “irmão mais velho”.

Essa música do álbum “Beard, Wives, Denim” – o terceiro, e na minha humilde opinião, o melhor deles – tem a sonoridade bem parecida com o Tame Impala que conhecemos antes do novo álbum. O legal é que os caras (e amigos) é quem ficam responsáveis por criar os clipes, que são bem divertidos e quase sempre simples.

Aqui é onde as coisas ficam mais diferentes. Parte do último e homônimo álbum deles. Dá perceber que o som amadureceu e, há quem diga, com essa música eles fizeram a masterpiece deles. E ela é mesmo sensacional e o vídeo, uma viagem com bonecos de fantoche sendo possuídos pelo mal.

King Gizzard and The Lizard Wizard

King Gizzard and the Lizzard Wizzard

Bem menos conhecidos mas tão geniais quanto o Tame Impala, o King Gizzard já possui mais influências do Garage Rock com uma pegada psicodélica. O som dos caras consegue ir da barulheira pra melodia mais sonhadora numa viagem e confusão sinistras, mas brilhante. Liderados pelo Stu Mackenzie, contam com sete membros: dois bateiristas, três guitarristas, o vocal e o gaitista. A banda lançou seu primeiro EP em 2011.

Do álbum “I’m in Your Mind”, essa é uma música alucinante. Parte da introdução do álbum, composta por quatro músicas, está entre as canções mais agitadas do álbum, com as duas bateras, trinta guitarras e o clipe 3D. Do mesmo álbum, ouçam também “Satan Speeds Up“, a última música, bem mais melódica e sombria.

The Murlocs

The Murlocs band

The Murlocs são a banda “spin-off” do King Gizzard (e a minha preferida atualmente). Com influências também no Garage, a banda é liderada pelo Ambrose Kenny-Smith, gaitista do King Gizzard. Filho de um músico e compositor, Ambrose cresceu cercado pelas influências blues do pai.

Formada em 2010, a banda é ainda bem pouco conhecida (os caras só têm dois EPs e um álbum) e eles próprios intitulam o som de um R&B livre e distorcido. Ouçam a gaitinha sensacional abaixo de “Space Cadet”.

O som deles me remete muito a alguma coisa meio anos 70 old school.

The Babe Rainbow

The Babe Rainbows

Formada por três rapazes muito loiros, é a banda menos famosa de todas. Direto de Byron Bay, na Austrália, os caras tem uma pegada bem anos 60 (é fácil fácil achar que eles são uma banda da época) e meio beach vibes. Eles só tem um EP com quatro músicas, escolhi duas pra encerrar o post. Duvido você acreditar que eles são de 2015:

Duvido mesmo. Boa viagem, pessoal!

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*Escrito por Karen Veiga, fotógrafa e colaboradora do Killian’s. Obrigado, Karen!

Leia também:
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Um comentário sobre “Recomendo: Psicodelias australianas

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